Cerca de mil estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB reunidos em Assembléia Geral, no dia 1º de setembro, no prédio da Reitoria no município de Cruz das Almas – BA, discutiram a atual situação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e da educação superior do país. Após um dia inteiro de exaustivo debate foi deliberado paralisar as atividades nos centros e ocupar a reitoria por tempo indeterminado.
O indicativo de paralisação surgiu após um longo período de negociação entre o Reitor, Paulo Gabriel Soledade Nacif, e o Conselho de Entidades de Base – CEB que se organiza a cerca de 1 ano com a livre participação de qualquer estudante desta universidade. No CEB realizado em Cachoeira no mês de junho, o magnífico reitor não demonstrou compromisso em atender as nossas reivindicações que em síntese fazem referência a assistência estudantil plena, manutenção e ampliação dos centros, implantação do hospital veterinário, não privatização dos espaços da universidade, concurso público para substituir @s trabalhador@s tercerizad@s, construção de RU e residências em todos os campi, ampliação do acervo das bibliotecas, construção dos laboratórios... Pauta que já vem sendo discutida desde 2008.
Enfim, todas as nossas reivindicações são condições básicas para o funcionamento de nossa universidade, uma vez que esses pontos são condições mínimas para um ensino verdadeiramente de qualidade. Hoje a UFRB, com apenas 6 anos de criação, apresenta todos os problemas de universidades com mais de 50 anos de existência. Isso demonstra que há uma forte investida contra a educação pública nesse país e uma declarada política de precarização das universidades federais.
Nós, estudantes, entendemos também que uma UFRB verdadeiramente de qualidade e socialmente referenciada só é possível com o mínimo exigido por nós. Caso contrário, todo o discurso que envolva a defesa de uma educação de qualidade, do conhecimento livre dos interesses do mercado e de uma formação completa para a juventude brasileira, não passará de pura e simples demagogia.
A construção de um país soberano perpassa pelo fortalecimento da educação pública e não com a adoção de medidas de favorecimento a rede privada de ensino, como é o caso do PROUNI e PRONATEC, programas do governo federal que inclui a destinação de mais recursos públicos para a manutenção da educação como mercadoria. Isso se evidencia com a assustadora expansão das instituições de ensino superior pagas.
Vale ressaltar que esse ano houve um corte de R$ 3,6 bilhão na educação pública, num total de cortes que ultrapassa os R$ 50 bilhões das áreas sociais. Tudo isso para manter o famigerado pagamento da dívida pública, que amplia os lucros dos banqueiros e especuladores.
A UFRB, assim como todas as universidades públicas brasileiras, está se expandindo. A cada ano, novos cursos são criados, mais vagas são ofertadas. O que, aparentemente é algo muito bom, não se revela tão bom assim à medida que essa paralisação evidencia o caos estabelecido hoje em uma universidade com apenas 6 anos de criação, mas que é cotidiano à toda comunidade acadêmica.
Essa expansão é fruto de um processo de reestruturação das universidades para atender uma demanda politiqueira, por isso mesmo são decisões vindas de cima para baixo, sem um debate amplo com toda comunidade, a citar a autorização de implantação de um campus em Feira de Santana-BA, onde a decisão partiu do Governo Federal sem levar o assunto à toda comunidade. Isso porque há uma adoção de uma lógica que visa otimizar os recursos destinados a universidade, democratizando o acesso sem garantir a permanência, abertura de novos cursos sem contratação de professores efetivos (prejudicando a pesquisa e a extensão), sem aumento estrutural dos laboratórios e da Biblioteca, Restaurante Universitário e Residência.
O resultado dessa política se evidencia com a proposta do novo Plano Nacional de Educação, que não garante a destinação dos 10% do PIB para Educação, que aumenta as Parcerias Público-Privadas e não prevê destinação de verba específica para a Assistência Estudantil, exatamente no momento em que o perfil do estudante começa a mudar devido a implementação do Sistema de Cotas.
O Movimento Estudantil da UFRB está ciente que a greve como instrumento de luta é o último recurso. Assim, responsabilizamos única e exclusivamente a administração da universidade pela paralisação. Desse modo, nós, estudantes, na tentativa de mudança do cenário que vivemos hoje na universidade brasileira, resolvemos paralisar para mobilizar. Nessa Assembleia Geral ficou claro que as condições de educação na UFRB não condizem com o que precisamos para nos tornar profissionais qualificados e preparados para atuar em prol de uma sociedade justa e igualitária, que atenda às necessidades do povo, quando em contraste visual deliberamos por paralisarmos todas as atividades da nossa universidade por tempo indeterminado.
Diante de todos esses acontecimentos em nossa universidade e no cenário nacional da educação salientamos que esta é uma luta de tod@s aqueles que acreditam que a educação no Brasil deve ser vista como prioridade e não com descaso. Por isso, decidimos dizer: chega de migalhas! Essa luta não é só de quem esteve presente na assembléia ou de quem ocupa os campi e a reitoria, é dos cerca de 8 mil estudantes matriculados na UFRB e de toda a sociedade brasileira.
Defendemos uma universidade que atenda os interesses do povo, independente e autônoma, democrática e 100% pública!
O indicativo de paralisação surgiu após um longo período de negociação entre o Reitor, Paulo Gabriel Soledade Nacif, e o Conselho de Entidades de Base – CEB que se organiza a cerca de 1 ano com a livre participação de qualquer estudante desta universidade. No CEB realizado em Cachoeira no mês de junho, o magnífico reitor não demonstrou compromisso em atender as nossas reivindicações que em síntese fazem referência a assistência estudantil plena, manutenção e ampliação dos centros, implantação do hospital veterinário, não privatização dos espaços da universidade, concurso público para substituir @s trabalhador@s tercerizad@s, construção de RU e residências em todos os campi, ampliação do acervo das bibliotecas, construção dos laboratórios... Pauta que já vem sendo discutida desde 2008.
Enfim, todas as nossas reivindicações são condições básicas para o funcionamento de nossa universidade, uma vez que esses pontos são condições mínimas para um ensino verdadeiramente de qualidade. Hoje a UFRB, com apenas 6 anos de criação, apresenta todos os problemas de universidades com mais de 50 anos de existência. Isso demonstra que há uma forte investida contra a educação pública nesse país e uma declarada política de precarização das universidades federais.
Nós, estudantes, entendemos também que uma UFRB verdadeiramente de qualidade e socialmente referenciada só é possível com o mínimo exigido por nós. Caso contrário, todo o discurso que envolva a defesa de uma educação de qualidade, do conhecimento livre dos interesses do mercado e de uma formação completa para a juventude brasileira, não passará de pura e simples demagogia.
A construção de um país soberano perpassa pelo fortalecimento da educação pública e não com a adoção de medidas de favorecimento a rede privada de ensino, como é o caso do PROUNI e PRONATEC, programas do governo federal que inclui a destinação de mais recursos públicos para a manutenção da educação como mercadoria. Isso se evidencia com a assustadora expansão das instituições de ensino superior pagas.
Vale ressaltar que esse ano houve um corte de R$ 3,6 bilhão na educação pública, num total de cortes que ultrapassa os R$ 50 bilhões das áreas sociais. Tudo isso para manter o famigerado pagamento da dívida pública, que amplia os lucros dos banqueiros e especuladores.
A UFRB, assim como todas as universidades públicas brasileiras, está se expandindo. A cada ano, novos cursos são criados, mais vagas são ofertadas. O que, aparentemente é algo muito bom, não se revela tão bom assim à medida que essa paralisação evidencia o caos estabelecido hoje em uma universidade com apenas 6 anos de criação, mas que é cotidiano à toda comunidade acadêmica.
Essa expansão é fruto de um processo de reestruturação das universidades para atender uma demanda politiqueira, por isso mesmo são decisões vindas de cima para baixo, sem um debate amplo com toda comunidade, a citar a autorização de implantação de um campus em Feira de Santana-BA, onde a decisão partiu do Governo Federal sem levar o assunto à toda comunidade. Isso porque há uma adoção de uma lógica que visa otimizar os recursos destinados a universidade, democratizando o acesso sem garantir a permanência, abertura de novos cursos sem contratação de professores efetivos (prejudicando a pesquisa e a extensão), sem aumento estrutural dos laboratórios e da Biblioteca, Restaurante Universitário e Residência.
O resultado dessa política se evidencia com a proposta do novo Plano Nacional de Educação, que não garante a destinação dos 10% do PIB para Educação, que aumenta as Parcerias Público-Privadas e não prevê destinação de verba específica para a Assistência Estudantil, exatamente no momento em que o perfil do estudante começa a mudar devido a implementação do Sistema de Cotas.
O Movimento Estudantil da UFRB está ciente que a greve como instrumento de luta é o último recurso. Assim, responsabilizamos única e exclusivamente a administração da universidade pela paralisação. Desse modo, nós, estudantes, na tentativa de mudança do cenário que vivemos hoje na universidade brasileira, resolvemos paralisar para mobilizar. Nessa Assembleia Geral ficou claro que as condições de educação na UFRB não condizem com o que precisamos para nos tornar profissionais qualificados e preparados para atuar em prol de uma sociedade justa e igualitária, que atenda às necessidades do povo, quando em contraste visual deliberamos por paralisarmos todas as atividades da nossa universidade por tempo indeterminado.
Diante de todos esses acontecimentos em nossa universidade e no cenário nacional da educação salientamos que esta é uma luta de tod@s aqueles que acreditam que a educação no Brasil deve ser vista como prioridade e não com descaso. Por isso, decidimos dizer: chega de migalhas! Essa luta não é só de quem esteve presente na assembléia ou de quem ocupa os campi e a reitoria, é dos cerca de 8 mil estudantes matriculados na UFRB e de toda a sociedade brasileira.
Defendemos uma universidade que atenda os interesses do povo, independente e autônoma, democrática e 100% pública!
Comando de Paralisação
01 de setembro de 2011
01 de setembro de 2011
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